VISITA AO MUSEU DA UFMG E AO ZOOLÓGICO - RÉPLICA DO RIO SÃO FRANCISCO.
Os alunos do IES-PITÁGORAS, do 6º ao 9º ano, no dia 17 de março de 2010, visitaram o Museu de Morfologia da UFMG e o maior aquário temático de água doce do País, no Zoológico de Belo Horizonte. Acompanhados pelas professoras de Geografia, Ciências e História, num trabalho interdisciplinar, os alunos puderam estudar in loco o bioma do Rio São Francisco.
O cenário do Rio São Francisco passou a fazer parte da região da Pampulha, cartão-postal de Belo Horizonte. O maior aquário temático de água doce do País, e o primeiro a retratar exclusivamente a vida na Bacia do São Francisco, foi inaugurado no zoológico da capital mineira. O espaço de aproximadamente 3 mil metros quadrados procura retratar o ambiente do Velho Chico, o chamado Rio da Integração Nacional, que nasce na Cachoeira Casca D"Anta, na Serra da Canastra, em Minas, e corta outros quatro Estados: Bahia, Alagoas, Sergipe e Pernambuco.
Nos dois pavimentos do aquário, mais de 1 milhão de litros de água enchem 22 tanques de variados tamanhos e formatos, onde estão cerca de 1.200 peixes de 50 espécies, capturados em expedições ao longo dos 2,8 mil quilômetros de curso do rio. Os técnicos da Fundação Zoo-Botânica recorreram aos pescadores ribeirinhos para conseguir a maior parte dos exemplares. Espécies tradicionais, como o dourado e matrinxã, estão expostas com outras mais exóticas, como o pacu-caranha.
Mais do que um aquário apenas, a ideia é que o empreendimento se torne presente na vida de cerca de 14 milhões de pessoas. "O equipamento vai além de um aquário. É um centro de referência socioambiental da bacia hidrográfica. Há outras abordagens no aquário, como, por exemplo, a botânica, os biomas do São Francisco - a caatinga, a mata atlântica e o cerrado -, além dos aspectos humanos, a relação da população com o rio", enumerou o presidente da Fundação Zoo-Botânica, Evandro Xavier.
O espaço, que será aberto ao público amanhã, remete ao universo da cultura ribeirinha do São Francisco, com uma cenografia formada por canoas, carro de boi, carrancas e uma réplica, em tamanho reduzido, do histórico Benjamim Guimarães, o último barco a vapor que navega nas águas do rio, na região de Pirapora (MG). "O São Francisco é muito rico e fazer a abordagem apenas sob o ponto de vista da zoologia e da botânica ficaria aquém", ressalta Xavier.
Numa parceria entre a prefeitura de Belo Horizonte e o Ministério do Meio Ambiente, o aquário começou a ser construído em 2006 e demandou custos da ordem de R$ 5,5 milhões. A maior atração do complexo é um tanque com capacidade para 450 mil litros representando um "braço" do Velho Chico e reproduzindo a cenografia da margem e do fundo do rio. A infraestrutura do local é composta ainda por auditório, espaços de exposição, jardins, laboratório e a tradicional lojinha de suvenires.
Os alunos afirmaram que foi uma das maiores e mais marcantes experiências de sua vida. Valeu a pena!